24 de outubro de 2011

Mártir da eucaristia e patrono dos Coroinhas


O testemunho corajoso do jovem mártir Tarcísio foi, e continua sendo, para nós, como que uma profissão de fé em Jesus sacramentado.O início do ano de 245 foi marcado por um acontecimento providencial para a bela Roma: o nascimento de Tarcísio, um dos mais ilustres filhos da cidade eterna.


Quando Tarcisio estava com 7 anos seus pais faleceram, e o nosso pequeno órfão foi adotado por um casal vizinho, que o tratava com carinho e com muito conforto.


Tarcísio, por toda a sua curta vida, lembrava-se dos ensinamentos de sua mãezinha e de seus pais adotivos recebeu uma formação Cristã exemplar. Uma criança alegre, cheia de vitalidade, uma amigo para todas as horas, de uma fidelidade fraterna que impressionava a todos; assim era o pequeno Tarcísio.


Durante as brincadeiras, sempre nutriu repugnância pelas que levavam ao pecado; tinha um coração puro e uma palavra de estímulo para com todos.


Roma era por aquele tempo palco de perseguição aos cristãos. 


Tarcísio chegou à seguinte conclusão: “Somente Cristo é capaz de dar forças aos cristãos, com paciência o martírio, perguntou a sua mãe, E eu posso ser cristão? É claro que sim! que santo desejo meu filho”.


Ó santo desejo, transformou sua vida; era como se a luz do céu tomasse conta de todo o seu ser. Tarcísio parecia um cordeirinho em busca de seu bom pastor. Desejava sempre mais conhecer as verdades da fé e os testemunhos heróicos dos mártires cristãos. Somente por Jesus desejava viver e dar à vida se fosse preciso. O batismo, naquela época, era concedido geralmente aos adultos e depois de um longo período de preparação.


Quem desejasse o batismo, deveria primeiro ser apresentado ao bispo por um cristão fiel e que desse boas referências do aspirante. Depois de aprovado era admitido no catecumenato (período de conhecimento da doutrina cristã, assim como das exigências do ser cristão).


O santo desejo de tornar-se cristão, fez de Tarcísio um catecúmeno exemplar. Nosso jovem apresentou-se ao Papa para o grande escrutínio. O Santo Padre lhe perguntou: “Amas muito a Nosso Senhor?, respondeu ele, Sim, e não poderia viver sem amá-Lo. Foi Ele que me deu a vida e me chamou para o seio da Igreja”.Era sábado de aleluia, durante a Vigília da Ressurreição. Tarcisio professa sua fé e é batizado, um grande o numero de Cristãos que participaram da cerimônia celebrada na catacumba de São Calisto, pelo Papa. Todos ficaram encantados com o testemunho de fé do jovem Tarcísio, seus olhos eram com que fachos de luz. Em seguida foi crismado e assim sendo, estava pronto para o testemunho.




O Martírio



O jovem acólito Tarcísio, com apenas 12 anos, ofereceu-se para levar o Ssmo. aos presos, apesar da opinião contrária do bispo, Tarcísio tomou Jesus em seus braços e dignamente embrulhado em finos panos, colocou-o sobre o peito e partiu em direção às prisões.O Bispo disse-lhe: “Lembra-te Tarcisio, este tesouro é confiado aos teus cuidados... Cuidarás fielmente dos Sagrados Dons de Deus?, respondeu Tarcísio: "Morrerei antes que não cumpra meu dever!”.


Pelo caminho, Tarcísio encontrou um grupo de rapazes que brincavam na rua e, ao vê-lo, o chamaram para brincar, pois faltava um elemento para o jogo, avistaram: “Aonde vais com tanta pressa? Vem jogar conosco! Só falta você!”. Tarcísio apressou o passo e seguindo em outra direção dizia ele: “Não posso agora. Tenho uma grande e importante tarefa a cumprir”. “Pois virás à força”, e todos caíram em cima de nosso jovem, que de forma nenhuma abria os braços. “Vos suplico, deixem-me continuar meu caminho”, disse Tarcísio.


A curiosidade dos rapazes era grande,  até que descobriram que ele era cristão e o chamavam de “burro cristão”; exigiam que entregasse o Sagrado Tesouro, ao que ele replicou: “Nunca, até que esteja vivo!”; foi cruelmente espancado, porém suas mãos não desgrudavam de Jesus eucarístico.


O soldado Quadrato, que também era cristão, espantou os rapazes e juntou Tarcisio que estava lavado em sangue: “O que fizeram contigo Tarcisio?”.- Não pense em mim, eu estou com o meu Senhor nos braços, tome aos teus cuidados!.O soldado, com os olhos cheios de lágrimas, tomou o jovem nos braços, seu aspecto era o de um anjo, seus olhos pareciam ver o céu aberto.


O jovem Tarcísio entrega sua santa alma a Deus e seu corpo martirizado é colocado na catacumba de São Calisto.“Enquanto um criminoso grupo de fanáticos se atirava sobre Tarcísio, que levava a eucaristia, o jovem preferiu perder a vida antes de deixar aos raivosos o corpo de Cristo” (Papa Damaso).


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